quinta-feira, 3 de novembro de 2016

A importância de se lavar bem as frutas, legumes e verduras

Frutas, legumes e verduras são alimentos nutritivos e importantes para a manutenção da saúde. Porém, na hora de consumi-los, é necessário observar as condições de higiene em que eles se encontram. Caso contrário, podem contribuir para a transmissão de bactérias, vírus e parasitas e assim provocar diarreia, vômitos, dor abdominal, febre, anemia e, em casos mais graves, hemorragia, obstrução intestinal e até mesmo a morte. Dentre as principais doenças causadas por parasitas podemos citar a giardíase (giárdia), a amebíase (ameba), a ascaridíase (lombriga) e a teníase (solitária).
Para evitar estes problemas, antes de comer, devemos sempre realizar a lavagem das mãos. Em seguida, proceder a lavagem de frutas, legumes e verduras utilizando sabão. Para ter a certeza de que a higienização está realmente segura, indica-se acrescentar uma pequena dose de água sanitária, em uma bacia com água, e utilizar essa água para higienizar os alimentos pouco tempo antes do consumo. Nunca deixe de enxaguá-los bem, em água corrente, para retirar completamente o produto ao final do processo.  

Outras recomendações importantes para evitar doenças são:
  • ·         beber somente água filtrada ou fervida;
  • ·         cozinhar bem as carnes;
  • ·         fazer a quantidade certa dos alimentos para evitar sobras;
  • ·   guardar sobras com muito cuidado, na geladeira, embaladas ou acondicionadas em potes fechados;
  • ·         evitar o uso de tábuas de madeira e colheres de pau;
  • ·         proteger alimentos de insetos e animais;
  • ·         o falar, tossir ou espirrar em cima dos alimentos;
  • ·         não comer alimentos com aparência ou cheiros estranhos;
  • ·         sempre verificar o prazo de validade. 

Qual a importância de ter dentes saudáveis?

Durante a mastigação, é notável a atuação dos nossos dentes em diversas funções e a sua capacidade de trabalho está diretamente relacionada com a qualidade dos mesmos.
Ao ficar de frente a um espelho e escancarar a boca, podemos perceber que eles são diferentes em formato e isso tem um motivo muito claro. Cada grupo tem uma ação determinada: os incisivos (dentes da frente) cortam os alimentos, os caninos (os pontudos) perfuram e os molares (achatados do fundo) amassam.
            Desde criança, ouvimos orientações repetitivas sobre alguns hábitos de higiene bucal: escovar os dentes após as refeições, utilizar o fio dental, fazer bochechos, visitar regularmente um dentista. Todas estas ações são necessárias para a manutenção de dentes saudáveis, uma vez que os restos de alimentos presentes entre eles podem, futuramente causar complicações. Cáries e placas bacterianas são alguns exemplos de situações que podem incapacitar um ou mais dentes, impedindo-os de realizarem seu trabalho de forma efetiva.
Por isso, os cuidados de higiene são necessários ao longo de toda a vida. Dentes saudáveis implicam uma mastigação de qualidade e uma mastigação de qualidade proporciona uma digestão mais efetiva!  
            É nossa saúde que está em jogo e temos que zelar por ela!

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Pâncreas

O pâncreas é um órgão muito conhecido do nosso corpo, responsável por muitas funções. Localiza-se logo atrás do estômago e divide-se estruturalmente em cabeça, corpo e cauda. Possui um caráter tanto endócrino (produção de hormônios importantes como insulina e glucagon) como exócrino (secreção do suco pancreático, que contém enzimas digestivas).
Os hormônios produzidos pelo pâncreas são muito conhecidos pela sua importância para o correto funcionamento do organismo.  A insulina facilita a entrada de glicose nas células, ou seja, permite que as células tenham do que “se alimentar” para nos proporcionar energia. Além disso, retira o excesso de açúcar do sangue e o armazena nas células do fígado. A deficiência de insulina é uma das causas de uma doença muito conhecida: o diabetes (excesso de açúcar no sangue). O glucagon funciona de maneira oposta, ou seja, quando um indivíduo permanece por muito tempo sem se alimentar, este hormônio age no fígado provocando a quebra dos reservatórios de glicose de modo a liberar açúcar para a corrente sanguínea.
As enzimas pancreáticas (amilase, lipase, etc) são enviadas ao intestino delgado, onde contribuem no processo de digestão dos alimentos.

As principais doenças do pâncreas são o diabetes, a insuficiência pancreática exócrina (deficiência na produção de enzimas digestivas), a pancreatite aguda (decorrente principalmente de complicação da existência de pedras na vesícula ou da ingestão abusiva de álcool), a pancreatite crônica (também mais comumente decorrente do abuso de álcool) e os tumores.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

O que é a Ultrassonografia endorretal?

A ultrassonografia anorretal tridimensional (3D) é realizada por meio de um transdutor que possibilita a avaliação das estruturas que formam o reto, o canal anal e os tecidos ao redor dos mesmos, com baixo custo e de forma segura.
É um exame pouco invasivo, bem tolerado e que não expõe o paciente à radiação, indicado em casos de perda de fezes na roupa íntima (incontinência fecal), tumores no reto ou ao redor dele, fístulas, endometriose ou intestino preso (constipação intestinal). A avaliação pré-operatória de tumores do reto permite uma melhor programação da técnica cirúrgica a ser utilizada e possibilita a realização de cirurgias locais (de menor porte) em alguns casos.
Não é necessário jejum, porém para que seja realizada uma avaliação adequada, a porção final do intestino deve estar limpa, livre de resíduos. Isto é obtido por meio de uma lavagem intestinal, que é feita pelo próprio paciente, em casa.

Após o exame, o paciente poderá alimentar-se normalmente e retornar às suas atividades habituais.

O que é retossigmoidoscopia flexível?

A retossigmoidoscopia flexível permite a avaliação das mucosas do reto e da porção final do intestino grosso, por meio da inserção de um tubo flexível (da espessura de um dedo) através do ânus. Na ponta deste aparelho há uma câmera que capta as imagens e as transmite para um monitor de televisão, onde elas são vistas e avaliadas pelo médico examinador.
Durante o exame, o paciente permanece deitado de lado ou de barriga para cima. A duração é de 10 a 15 minutos. Não é necessário jejum, porém para que seja realizada uma avaliação adequada, o intestino deve estar limpo, livre de resíduos. Isto é obtido por meio de uma lavagem intestinal, que é feita pelo próprio paciente, em casa. Se necessário, poderá ser realizada a retirada de pólipos ou de biópsias (retirada de um ou mais fragmentos da mucosa).                        
Ao término do procedimento, a menos que seja orientado do contrário, o paciente poderá alimentar-se normalmente e retornar às suas atividades habituais.


sexta-feira, 28 de outubro de 2016

O que é cirrose hepática?

A cirrose hepática é uma doença cronica do fígado, onde ocorre a destruição das células hepáticas normais e substituição por um tecido fibroso, diminuindo a sua capacidade de funcionamento. Pode ter várias causas, sendo as mais comuns as hepatite C, o uso abusivo de álcool, hepatite B, esteato-hepatite não alcoólica (progressão da esteatose hepática em alguns casos) e em casos mais raros, doenças auto-imunes (onde o organismo produz anticorpos contra o fígado) ou por deposição de ferro ou cobre no fígado. No Brasil, a maior parte dos casos estão associados à hepatite crônica decorrente da infecção pelo vírus da hepatite C e pelo abuso do consumo de álcool, mas com aumento significativo de cirrose causada por esteato-hepatite.
A hepatite C pode ser adquirida por compartilhamento de agulhas contaminadas com sangue infectado (por exemplo, durante o uso de drogas endovenosas ou inalatórias), transfusões sanguíneas que ocorreram antes de 1992, quando a hepatite C ainda não era conhecida e mais raramente pela via sexual. A hepatite B tem as mesmas vias de transmissão da hepatite C, mas com freqüência mais estabelecida pela via sexual e também pode evoluir para a cirrose hepática.
A cirrose alcoólica é decorrente do uso abusivo do álcool. As doses consideradas limites são 20 g /dia para mulher e 30 g/dia para homens.
A cirrose relacionada a esteatohepatite é mais comum em indivíduos com Síndrome metabólica: diabetes + pressão alta + triglicérides alto + HDL (colesterol bom) baixo.
Os pacientes com cirrose podem não apresentar sintomas nas fases iniciais da doença, sendo o diagnóstico feito por exames de laboratório e por ecografia de abdome. Em sua fase mais avançada,  podem apresentar emagrecimento (perda de massa muscular), aumento do volume abdominal (ascite ou barriga d’água), inchaço nas pernas, tremores, perda do apetite, icterícia (cor amarelada do “branco dos olhos” e da pele), alterações de coagulação, hemorragia digestiva (vômitos com sangue ou fezes enegrecidas) e em alguns casos podem até evoluir para o câncer do fígado.

A doença pode ser grave e exige tratamento e acompanhamento contínuos, realizados pelo hepatologista (médico especialista em doenças do fígado). 

Câncer de esôfago

O esôfago é um tubo muscular responsável pela condução do alimento da boca até o estômago e desempenha função fundamental na digestão humana.
O câncer de esôfago é uma doença caracterizada pelo desenvolvimento de células malignas no interior deste órgão. Em nosso país é o 6º câncer mais frequente no sexo masculino e o 13º no feminino (quando excluímos o câncer de pele).
O tipo mais comum é o carcinoma epidermóide, responsável por 96% dos casos. Tem como fatores de risco o tabagismo (fumo), o etilismo (abuso de bebidas alcoólicas) e a ingestão habitual de bebidas muito quentes. O adenocarcinoma é um subtipo menos comum e está relacionado ao refluxo gastroesofágico.
Na sua fase inicial, o câncer de esôfago não apresenta sinais. Porém, com o progressão da doença, pode surgir dificuldade (disfagia) ou dor ao engolir (odinofagia), rouquidão, tosse, dor no peito, sensação de obstrução à passagem do alimento, náuseas, vômitos, perda do apetite e perda de peso.
A endoscopia digestiva alta é o principal exame diagnóstico e permite a retirada de biópsias para confirmação da doença.
O tratamento pode ser feito com cirurgia ou ressecção endoscópica associada ou não a radioterapia e/ou quimioterapia. A escolha depende da avaliação médica e varia de acordo com o tamanho do tumor, suas características e o estado geral do paciente. Para tumores iniciais pode ser indicada a ressecção endoscópica (retirada do tumor com acesso pela boca, durante o exame de endoscopia, sem necessidade de cortes), mas este tipo de tratamento é bastante raro. Na maioria dos casos, a cirurgia está indicada.
Infelizmente, a maioria dos casos de câncer de esôfago é descoberta acidentalmente e numa fase avançada. Desse modo, alguns pacientes necessitam de uma maior vigilância, como por exemplo fumantes, com uso excessivo do álcool ou que já ingeriram no passado soda cáustica. Também os pacientes com doença do refluxo gastroesofágica de longa data devem fazer acompanhamento regular com vigilância endoscópica.
Para prevenir a doença, é importante adotar uma dieta rica em frutas e legumes, evitar o consumo frequente de bebidas muito quentes, alimentos defumados, bebidas alcoólicas em excesso e derivados do tabaco.
A detecção precoce é muito importante, já que a doença é bastante agressiva.